Atitude e auto-estima

Hoje vi um rapaz que conheci no meu primeiro ano da faculdade. Já não me lembro do nome dele, de tão desconhecido que é para mim e não se alguma vez falei com ele.
Hoje, 5 anos depois, ele vestia as mesmas calças de fato de treino bege e um polar verde que garanto terem cinco anos. O corte de cabelo também não mudou, desleixado, cabelo preto com caracóis desajeitados e mal encaracolados.  Tinha também a mesma cara de miúdo, o mesmo jeito tropeço de andar, como se não se importasse com o mundo e ainda não soubesse lidar com a altura um bocadinho desproporcional. 
Quando entrei na faculdade via-o um bocadinho como superior porque tinha ar de ligeiramente mais velho e era bom em várias coisas, desde o atletismo às boas notas às disciplinas difíceis. Agora, senti precisamente o contrário. Não sei se a minha auto-estima cresceu assim tanto, mas eu cresci. Não que seja um exemplo de como vestir ou de como ser, mas orgulho-me da minha atitude, da minha postura quanto ao mundo e das minhas pequenas grandes conquistas. E não precisamos de saber o que cada um faz da vida para vermos a postura que têm para com ela, basta alguma atenção. 
A minha opinião vale o que vale, mas o deixar que engordemos quando não gostamos de ser gordos, o ficarmos acomodados com o namorado de quem já não gostamos ou não trabalharmos nem estudarmos porque está difícil, é uma má atitude perante a nossa própria vida e um atentado à nossa auto-estima. E ninguém me disse que ele é menos feliz assim. Talvez até seja feliz, mas não conheço ninguém muito feliz sem atitude. Ainda assim, espero que o rapaz seja feliz e que isto sejam só teorias da treta!
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