O terceiro dia de férias foi dia de mudarmos de pouso. E se encaixotar toda uma vida (ainda que seja uma vida de dois dias) é uma chatice, sentir que está tudo muito arrumadinho e organizado é revigorante. Saímos de Melgaço e seguimos para sul.
A paragem para o almoço fez-se em Arcos de Valdevez, uma cidadezinha que nos impressionou. Ao contrário dos locais anteriores, sentimos uma cidade bem explorada, com uma zona comercial que nos fazia efetivamente sentir na cidade. No entanto, a sensação não era duradoura porque o sotaque dos locais não engana ninguém.
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Arcos de Valdevez |
Não sabíamos bem por onde passávamos, mas sentíamos o bater do coração do Gerês. Paramos o carro para ouvir melhor. Saímos e o silêncio mexia connosco, não estamos habituados a ele. A máquina fotográfica não captava a beleza da paisagem, mas os olhos estavam espantados. O cheiro era puro e ficamos ali uns minutos sem ouvirmos mais nada, sem passar ninguém.
Mais à frente foi um fato - conjunto de cabras - que nos parou por cinco minutos. Elas vinham mesmo pelo meio da estrada e, umas atrás das outras, foram-se desviando e passando por nós com ar confiante e até um pouco convencido, como se nos dissessem que quem estava mal lá éramos nós.
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As prioridades da estrada no Gerês dependem da pré-disposição dos animais. |
Quanto ao parque... há algumas críticas a fazer no próximo post. Quanto ao Gerês, não há crítica nenhuma.
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