Dicas práticas para emigrantes

Gosto muito do meu blog. Gosto de ter voltado a ser capaz de escrever textos longos, pouco formatados pelos anos da faculdade. Gosto de praticar o português e gosto de organizar ideias enquanto escrevo. Com isto de emigrar, o blog ganhou mais seguidores e eu fico muito feliz por isso; significa que os meus textos têm algum valor. Ando a trabalhar num template mais intuitivo do que este para vos agradar, mas tão simples e bonito quanto este, coisa que me tem ocupado muito tempo. E para que continuem a gostar de cá vir, para todos os que sei que têm como hipótese emigrar, deixo algumas dicas. Não são dicas de como emigrar, mas de como fazer tudo bem depois da decisão.

Há sempre umas quantas burocracias a tratar quando mudamos de país e eu vou falar-vos de pontos que me parecem tão burocráticos como importantes. Há que ter em atenção que a minha experiência vem da mudança entre dois países da UE, onde tudo é mais fácil.

Documentos
Além do Cartão de cidadão, façam um Passaporte. Porquê? Ora, porque mesmo que não sejam cabeça no ar como eu, não tendo uma elevada probabilidade de perder o CC, pode ser útil para viajarem para países fora da zona Euro ou em algumas instituições, como bancos, podem requerê-lo. Já o fiz quando fui de ERASMUS precisamente pelo medo de perder o CC.
Não se esqueçam de pedir o Cartão Europeu de Seguro de Doença. Para tal, só têm de ir ao portal da Segurança Social, pedir as credências caso não as tenham, e requerer o cartão que vai para casa em duas ou três semanas.
O Boletim de Vacinas também pode ser importante, em situações de emergência há sempre que provar de alguma maneira que estamos devidamente vacinados e os correios demorariam pelo menos três dias a fazê-lo chegar a vocês.
Finalmente, não se esqueçam de todos os certificados que comprovam as vossas habilitações (atenção que algumas profissões necessitam de um reconhecimento no país de destino, o que não acontece com a engenharia, tanto quanto sei), traduzidos para inglês (sempre que possível) e o Registo Criminal que, segundo ouvi dizer, também pode ser pedido pelos vossos pais.

Dinheiro
Falemos de bancos e de contas. Esta situação depende muito da vossa idade e dos objetivos que têm em mente a longo prazo. Se têm uma conta em Portugal sobre a qual não têm despesas (praticamente) nenhumas, por serem jovens, vale a pena manter a conta para que as visitas ao país de origem tenham uma gestão mais fácil, especialmente se o país de destino não se encontrar na SEPA (área com moeda Euro). No nosso caso, dado que queremos voltar quando dominarmos minimamente a língua, tivermos viajado tudo por estes lados e não tivermos muito mais para aprender, ou simplesmente quando já não formos felizes aqui, temos mais uma razão para mantermos o dinheiro que temos em Portugal e as contas de cada um. Nestas ou noutras condições podem optar por manter as contas Portuguesas, no entanto, é essencial terem também uma conta no país de destino. Atualmente os débitos diretos são muitas vezes uma exigência para a requisição de um serviço. Até abrirmos a conta no banco austríaco não podemos, por exemplo, requerer o serviço de internet. O que é uma grande chatice, mas faz parte. Mais uma coisa, quanto à escolha do banco eu tenho uma regra: todos os bancos roubam, mas os do estado roubam menos. Vejam o que tem acontecido em Portugal, por exemplo, e vão por mim.

Mudanças
Tudo o que tinha a dizer está na publicação que podem ler AQUI.


De resto, a internet é um mundo, sirvam-se dele. Mas espero que estas informações, um dia, sejam úteis para alguém. Toda a mudança será tão difícil quanto mais complicarem a vossa mente. Simplifiquem, mantenham o positivismo e há-de correr bem.

Outros artigos com pontos importantes para pessoas com dependências em Portugal e que viajam para fora da UE: AQUI e AQUI.



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