Ter pânico a coisas parvas é...

Ontem tive consciência do pânico que tenho em trabalhar com mulheres. Aproxima-se um momento formal onde estarei com cinco mulheres, numa posição inferior a todas elas. Coisa que me assusta um pouco. Pode parecer absurdo, mas em todos os momentos da minha vida em que tive de lidar com mulheres, onde eram mais do que uma ou duas, fugi. Fugi ou arranjei forma de me livrar daquela situação. Na faculdade procurava sempre grupos de homens e sempre funcionou muito melhor assim. Até quanto aos meus amigos, acabo por ter mais amigos rapazes.

E porquê? Porque nós mulheres complicamos. Não falo em cusquice e conflitos, porque nisso os homens são tão maus ou piores do que nós. Falo na forma como eles lidam melhor com a crítica, com a forma como eles são capazes de relativizar. Eu não me considero uma mulher nada complicada, esforço-me sempre por controlar todos os instintos de gaja amuada que me possam assaltar. Esforço-me por racionalizar, relativizar e ser minimalista nos conflitos. Acho que o facto de lidar com muitos homens me ensinou isso. Mas no meio de mulheres há tendência a tornar-me tal e qual a típica gaja. Isso assusta-me e mostra-me um eu com o qual não me identifico.

No entanto, se toda esta aventura inclui sair da minha zona de conforto, venham elas!
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