Vida boa vs A minha necessidade de trabalho

Sabem que mais, já estou um bocadinho farta de férias. Eu sei que isso não é normal, que toda a gente as quer e que ninguém tem tantas quanto deseja, mas a verdade é esta.

Estive em ERASMUS de Fevereiro a Junho e não fiz nada que pedisse muito de mim. Não houve correrias para o comboio, atrasos constantes, horários traçados à risca, saltos entre transportes públicos para cumprir a máxima do tempo chegar para tudo. Aliás, esses meses de 9 horas de sono, de casa a 5 minutos a pé da faculdade, sem aulas, trabalho bom e com tempo, séries e filmes de manhã à noite, sem chatices, controlos ou horas foram realmente rejuvenescedores, depois de um semestre louco como anterior. Juntando a isso festas e viagens, as férias estavam mais do que feitas e a recuperação foi total. 

Depois cheguei, houve festa da grande, revi toda a gente e tinha uma grande motivação para o trabalho que me restava: terminar a licenciatura. E assim foi fácil, muito mais fácil do que esperava. Tanto que me senti grande e feliz, cheia de energia para o que desse e viesse. Mas aí foi quando chegaram as férias, quando toda a gente se encheu de motivação para as aproveitar ao máximo. Eu não tinha grandes planos, as poupanças tinham sido todas gastas e coisas para fazer haviam de surgir.

Surgiram, efetivamente surgiram tão bem e rápido que ainda tenho cafés, jantares e pequenos passeios por fazer. Foi Julho de voltar aos velhos hábitos e lugares e um agosto de viagem medieval e babysitting, de jantares e coisas boas até à exaustão, praia (ai que o calor veio e ficou!), de geocaching, muito cinema by yorn e muitas fotografias.

Como dizia, já me chegavam. Podia recomeçar a correria, podia começar devagarinho, em vez de tudo ao mesmo tempo como será. Assim cumpria o restinho dos planos e entrava devagarinho nos meus dias, naqueles que sinto falta e que quero muito recomeçar. 

Por enquanto, a ansiedade dentro de mim cresce a olhos vistos. Será que entro no mestrado ou será que não? E se correr mal o que faço mesmo da minha vida? Não sou bicho de demasiado sossego e estou há meio ano cheia dele. Ainda tenho uma semana de férias à séria, com direito a casa de praia com amigas, casa de campo com amigos e casa vazia para mim. E o que eu queria mesmo era saltá-la à frente, até dia 5 de Setembro pelo menos. No entanto, não é possível e, portanto, vou aproveitá-la bem. A ela e aos cafés, jantares, arrumações pré-aulas e muitas horas esticadinha na toalha, com o som do mar no fundo, enquanto o sol me deixa com cor de quem teve férias.
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