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O tempo é tão relativo que custa acreditar. Olho para as minhas fotografias e sou exatamente igual ao longo dos últimos quatro anos. Ao mesmo tempo que outros mudaram tanto e já aconteceu tanto desde aí. Tanto eu estou igual como todos aqueles que eram uns miúdos, meras crianças, são o que eu era há quatro anos atrás, daqui a quatro anos vão ser iguais e eu também igual ao hoje, e ao há quatro anos atrás. Mas aí, para mim, vão ter passado demasiadas coisas, demasiado tempo e demasiadas fases. Aí, vou ser tão igual fisicamente e com tanto mais passado por mim.

É tão relativo isto do tempo quando o olho nos olhos. Quando o enfrento e me imponho. Por exemplo, os últimos seis meses, tão mais vazios que os seis meses anteriores soam-me a rápido e os seis meses anteriores soam-me a eternidade. Mas, ainda assim, o último ano foi rapidez, foi tão veloz quando uma manada de búfalos ao passar por uma formiga. 

E eu tenho tanto que quero ter feito nos próximos quatro anos que os vou encarar, vou aproveitar e lembrar-me que depois deste minuto vem outro, outro e mais um a seguir. E que se este não valer é como se não tivesse existido. Como se fosse menos uma gota no oceano de onde perco gotas todos os dias. E depois sem, uma gota e mais outra e outra, sem esses minutos tudo parecerá mais curto, mais efémero.

É disto que falo quando digo que não sou de sossego. Não sou e não o quero porque o sossego é o tempo que faz do tempo pequeno.
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