Associativismo

Gosto de associativismo, gosto muito de trabalhar, ter uma responsabilidade em que os lucros são desenvolvimento de capacidades pequeninas, muito importantes e que não me são impostas, onde se me responsabilizo é porque quero. Isso tem senãos. O facto de não receber bens materiais faz com que estas organizações nem sempre funcionem bem. As responsabilidades voluntárias são vistas como responsabilidades menores. É um problema, demonstra falta de profissionalismo, coisa que não tem a ver com a nossa profissão, mas sim com a forma como encararmos o que fazemos. Isso interfere no bom funcionamento de um projeto sem fins lucrativos, mas nem por isso esse projeto passa a ser mau ou deixa de funcionar. Há formas de contornar esse problema. Antes de mais com a forma de gerir a dita organização e depois porque (eu acredito que) há sempre mais pessoas com boas intenções do que com más.
Posto isto, sempre que me insurgem projetos onde vejo interesse, potencial e (cada vez mais) profissionalismo, fico com vontade de me integrar. Estou numa dessas fases. A associação em questão faz um trabalho mesmo interessante no desenvolvimento de soft-skills e apresenta uma organização tão boa que só me apetece fazer parte dela. Na verdade, já faço um bocadinho parte, mas tenho dúvidas até que ponto me devo envolver mais ou não. Eu condeno mesmo a visão de responsabilidades voluntárias como coisas menores, quando assumo uma coisa tento ao máximo levá-la avante e nunca desistir sem tentar, mas e o tempo? Tenho muitos trabalhos que me vão sugar o tempo no próximo mês. Depois tenho os exames e depois não sei como será. Mas agora, agorinha que apetece atirar-me de cabeça, não posso. Mas quero. E isto é uma tortura. Ver coisas tão giras, encaixá-las um bocadinho na minha agenda, mas não ter disponibilidade para o que der e vier dá cabo de mim.
Por outro lado, gosto desta minha ponderação. Coisa que nem sempre soube fazer. Costumava ir e depois o tempo arranjava-se. Só que agora não, agora aprendi que não é bem assim e que o tempo das minhas prioridades é maior e não é quantificável à partida. Mas eu quero, quero muito e hoje, que fui a uma reunião, estou a roer-me muito. Mas não posso. Dizem que estou crescida e por isso tenho estas dores. Vá-se lá saber!


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