É início de semestre. Este início tráz sempre uma certa motivação para aprender coisas novas. Com a escolha das disciplinas e os professores novos, a imaginação voa e sonha em utilizar estas novidades no desenvolvimento de qualquer coisa megalómana que resolva os problemas da humanidade. (Ok, não sonho assim tão alto, mas acho mesmo giro aprender coisas novas e possivelmente utéis.)
Depois da fantasia, muitas vezes vem a desilusão porque, como tudo na vida, nem sempre o que parece é. No início meu terceiro ano de licenciatura estava feliz, teria um semestre em grande, cheio de coisas novas, cheio daquilo que eu imaginava aprender quando escolhi o curso. E sabem a conclusão que eu tiro? O semestre foi em grande, não pelo que eu aprendi nas aulas, não pelo que eu estudei para os exames, mas por ter feito tantas disciplinas num semestre como vou fazer ao longo deste ano e conseguir incluir em parte uma vida extra-curricular e social. Na verdade, o que aprendi nas aulas foi mínimo, foi mal ensinado, os professores deixaram muito a desejar em termos de capacidades pedagógicas.
Agora, primeira aula de uma das disciplinas, deparo-me com um daqueles professor que tive, um dos que sabem muito sobre o que ensinam mas são ouco ou nada pedagógicos. Apresenta-se bonitinho, organizado e disponível. Vai dar a disciplina com o professor que, no semestre passado, em plena segunda aula, nos informa que não terá matéria para nos ensinar durante um semestre inteiro, apenas 3 ou 4 semanas, quando há tanto que se lhe diga. Este também, interesado, organizado e perfeitinho. Por muito credíveis que sejam, por muito interessante que seja o tema, a vacinação prévia leva à dúvida da credibilidade. Leva a não querer ficar a ter pouca ou nenhuma vontade de ficar. É como eu dizia, na vida é sempre assim. Vamos sendo vacinados para que a dor, na próxima vez seja menor. O refúgio, a seleção do bom e do mau são os anti-corpos.
É início do semestre e, com os meus anti-corpos, vou escolhendo o melhor. Desejo-me sorte!
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