Queixinhas e lamentações

A saga começou. As aulas na mui nobre faculdade de engenharia começam dia 15 de setembro. Eu, aluna dessa mesma instituição, estou a ler artigos já há uns dias. E amanhã, pelas 9h30 estarei no Porto, reunida com o meu orientador, a tirar dúvidas e a definir metas para os próximos 12 meses.

Eu nem sei por onde me indignar mais. Se pelo facto de ter colegas do mesmo mestrado que no próximo mês não farão nada enquanto eu tenho de ter metade do trabalho do semestre concluído; ou se o pior são os próximos 15 dias, previstos como férias, que apresentarão um calor de rachar e onde os meus amiguinhos estudantes estarão de pernil estendido ao sol; já não falando do facto de eu não saber o que são dormir menos de 9/10 horas ou não acordar à hora do almoço; o facto de ter percebido que a apresentação da tese de mestrado tem sido feita em outubro (estão a ver os 12 meses de trabalho...), também não está a ajudar; mas talvez o que me faça sentir pior é mesmo o agora, em que tento captar toda a informação escrita, visualizá-la, torná-la fazível e menos abstrata, quando o meu corpo tem vontade de correr a maratona e intoxicar-se de chocolate.

Eu não queria estar para aqui entre queixas e lamentações. Mas estou. Porque não gosto disto e se o blog é meu, escrevo aqui o que bem entender. Porque isto de ler artigos não é para mim, faz-me lembrar o ponto em que vou ser a escrevê-los. E só isso já me dá cá um formigueiro! Deixa-me cheia de fome e de bichos carpinteiros. 

E sabem que mais? O que me está a moer mais? Há um bolo grande que tem de estar pronto na quarta. Tenho testes a fazer, logística a estudar e compras a fazer. Tenho a química das claras em castelo por explorar, pasta de açúcar por espalhar e pérolas para decorar.

É este o ponto que está a falhar nisto de retomar o trabalho com menos queixumes: menos rabo sentado, menos monotonia, menos stress, menos esforço intelectual, mais criatividade e mais ação! 
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