A minha paciênc....não, compreensão!

A clínica dentária onde sou seguida foi remodelada. Passou de uma clinicazinha a uma Senhora e respeitada clínica. Tem mais consultórios, vários andares, salas de material, salas de esterilização e consultórios especializados para tudo e mais alguma coisa. Só lhe falta mesmo a cirurgia! Está esteticamente muito bonita e moderna. Moderna também quanto à tecnologia, até envia materiais de uns andares para os outros por uma espécie de elevador pneumático! 

Ora, hoje fui lá e quase tive direito a uma visita guiada. Passo a explicar. A dentista fofinha pôs-me braquetes em 12 dentes. E amarrou-os todos uns aos outros. Disse que ia puxar uns para aqui e empurrar outros para acolá. Vai também rodar alguns - e como eu já sinto a rotação! Mas, este simples procedimento durou mais de duas horas. DUAS, sim. É que no entretanto, o sistema de aspiração avariou. Pediram-me imensas desculpas e perguntaram-me se me importava de esperar meia-hora. Eu compreendi. Fui até ao café. Pedi um sumo e quando nem a meio do sumo estava, ligaram-me. Não valia a pena voltar de manhã. Eu compreendi. Passaram dois minutos. Ligaram-me. Afinal já podia voltar. Eu compreendi e agradeci. Assim foi, mas fui para outro consultório. Onde os materiais chegaram de elevador. Entretanto falhou uma funcionaria na clínica. Depois pacientes não apareceram. E quando tudo parecia correr bem, finalmente, a cadeira onde eu estava deitada deixou de funcionar. Não baixava!

Obviamente que voltei a compreender. Até já me ria da situação, enquanto me admirava com tamanha paciência. Só que, depois refleti (quando não se pode faltar por muito tempo, reflete-se), eu não sou uma pessoa paciente. Sou é compreensiva. Pus-me um bocadinho no lugar dos senhores da clínica e revi-me. Há dias assim, em que nada, rigorosamente nada ajuda. Eu quase que passei o dia com apenas metade do sorriso metálico, mas compreendi e até acabou por se resolver!
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