Morte à responsabilidade

Eu não quero ter 20 na tese. Nem 19. Nem 18. Eu só quero um 16 para ficar com média de 15. Ora, vendo o panorama, vendo as apresentações de outros colegas, vendo o trabalho que fizeram, percebo que 16 é fraco. É fácil. Por isso, sendo fácil e sabendo que tenho mil outras atividades que me dão mais prazer do que ler artigos e corrigir erros de um código sem fim, poderia perfeitamente relaxar nisto da tese. 

Podia, pois podia. Mas não dá. Não é poder e fazer. Não é o poder ser que manda a responsabilidade dar uma voltinha. A sacana da responsabilidade tortura-me. Passa os dias a dizer-me que nada faço, ainda que estes dois meses me tenham parecido seis. As semanas são eternas e o que fiz ontem parece ter acontecido há dois ou três dias atrás. 

Depois eu já não sei se só quero 16 na tese. E a culpa de elevar a fasquia é da responsabilidade. Eu nem a queria elevar. Eu só queria levar uma vida sereninha, sem dramas, sem stress. Queria ser eu, calma, relaxada e as coisas boas da vida. Mas não sou. Sou stressada. Vivo a semana assim. Meio que em cima do joelho, por muito que faça. Planeio, repenso, refaço e parece sempre bem para uma semana perfeita. Até que afinal não dá. Afinal não consigo. Afinal o domingo vai ser de trabalho. Quase, quase sempre é assim. Já lá vão 8 semanas, com apenas um fim de semana MESMO livre. E eu nem queria ser stressada, nem queria ter esta necessidade de estar constantemente a apresentar trabalho, mas a chata da responsabilidade, a tramada, tarada e pegajosa responsabilidade trai-me assim.
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