Agora que sou pessoa com um lugar de trabalho definido e já não ando feita nómada de carapaça às costas, já não tenho a liberdade de escolha quanto ao lugar em que me apetece trabalhar a cada dia. Mas eu não sou cá pessoa de monotonias nem de pôr alternativas de parte só porque o google.maps diz, e tenho por isso, outra liberdade de escolha: o caminho para chegar ao local de trabalho.
Hoje experimentei a terceira alternativa e concluí que demoram todas exatamente o mesmo tempo, ainda que passem todas por zonas muito diferentes da cidade. No entanto decidi-me: sempre que não tiver companhia, vai ser esta a opção eleita. Porquê? Ah, porque é a que me faz caminhar menos, apanhar menos frio e só utilizar dois transportes. Saio do comboio, desço e subo de escadas rolantes, caminho meia dúzia de metros e entro no autocarro que parte sempre pontual, dado ser a origem do percurso. Depois vou ali alapadinha durante meia hora. Não vejo o rio, não passo na fofinha da Ponte de D. Luís, mas vejo as casas bonitas do Porto, as zonas tradicionais que se mantêm intactas e aprendo mais caminhos pela cidade. Depois desço, caminho mais meia dúzia de metros e volto a alapar-me em frente ao computador. Isto sim, é conforto!
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