Quando andei de autocarro no Porto pela primeira vez, fi-lo sozinha e fiquei indignada quando o autocarro não parou. Na realidade, acabou por não ser essa a primeira vez. Revoltei-me e preferi caminhar 30 minutos a esperar pelo próximo autocarro.
Mais tarde percebi qual foi o problema... É que na minha terrinha, quando há passageiros nas paragens, os autocarros simplesmente param para eles entrarem. Aqui, porque há autocarros com diferente destinos a passarem no mesmo local, os autocarros só param se estendermos o bracinho na frente do autocarro, tal como um polícia sinaleiro. Sim, o problema da primeira vez foi a falta do bracinho.
Ainda hoje, que uso autocarro todos os dias, me sinto ridícula a estender o braço. Nunca sei se o faço demasiado cedo, se demasiado tarde e acho sempre, mesmo sempre que o motorista se esta a grizar com aquele braço a implorar a paragem de um bicho tão grande.
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