Esforço-me por ser boa pessoa. Esforço-me por nunca atropelar ninguém, ainda que me reprima, e acima de tudo por manter os valores em que acredito. Às vezes lutar por isto magoa e por uma questão de sobrevivência, o caminho passa por outro lugar. Nesses casos, se me encontrar em posição de igualdade ou vantagem, enfrento, mostro o que acho certo e errado e lá me vou, em paz. Caso contrário, em nome da cortesia, da diplomacia, de uma postura correta, engulo sapos. Engulo-os, sorrio e apresento-me sempre pronta e disponível, assim até à próxima oportunidade para ir emboraa, em paz.
Tenho percebido que de moral e de bom-senso não temos todos a mesma medida. Quase ninguém cheio só de boas intenções chega muito longe. E sabem que mais? Isso não me interessa. Eu não quero chegar longe. Não sou muito exigente e é muito mais importante ver pessoas felizes e chego ao cúmulo de, às vezes, a ambição me incomodar pela superficialidade.
Depois, quando se junta a ambição, a indiferença quanto à felicidade dos outros, quando ser boa pessoa não interessa e o próprio umbigo é o centro do mundo, torna-se o dia dos outros mau e a humanidade dá dois passos atrás na sua existência.
(Desculpem lá a depressão e o bocadinho de exagero, mas é essa a minha frustração hoje.)
0 Comentários fofinhos