Rumo à serra da Peneda

Férias podem ter muitos significados. Podem incluir muitos lugares e estados de espírito diferentes. Podem ser sem planos, podem ser levadas a rigor. Podem ser calmas numa praia ou agitadas no meio de um magote de gente. Podem ser muito divertidas ou assim-assim. Mas férias terão sempre um sabor e um cheiro especial, deixando um sorriso na cara e uma nostalgia na alma. Este foi o princípio das minhas férias.

A partida foi à segunda. Em agosto os fins de semana significam sempre muita gente em qualquer local turístico e como confusão não é, para mim, o mesmo que relaxar - o que eu procurava -, acho a semana sempre a melhor solução. Além disso, depois de uma semana sem sol, ele foi espreitando gradualmente tornando as férias perfeitas.

Primeira paragem: Valença do Minho. Comemos cabrito assado e bebemos Alvarinho, num ambiente caseiro. Se há coisa boa na faculdade é conhecer pessoas de lugares diferentes, das aldeias de preferência. Não há forma melhor de conhecer uma aldeia e os seus sabores do que com locais. Em Valença fomos muito bem recebidos e ficamos com vontade de lá voltar!

Praça-forte de Valença do Minho

O Alvarinho é sem dúvida um bom acompanhante do cabrito. Além disso, acompanhou-nos também na segunda paragem: Monção. Em Monção existe um Palácio onde a dona que o herdou ainda lá vive. O Palácio da Brejoeira ficava já a caminho da Serra da Peneda e seria uma pena não parar lá.

Como dizia, o Alvarinho acompanhou-nos aqui também porque além da atual proprietária residir em metade do palácio, também lá tem a sua própria vinha e o local onde o vinho é produzido. O jardim deste palácio lembrou-nos um dos palácios de Viena, em miniatura, mas igualmente grandioso. É assim um pequeno wow quando, entre montanhas e cidadezinhas, encontramos algo tão imponente.

Vista do Palácio da Brejoeira para o jardim que dá para a entrada.

Depois de Monção seguimos em direção ao concelho de Melgaço, o concelho mais a norte de Portugal, onde se encontra parte da Serra da Peneda, incluída no parque natural Peneda-Gerês. Alojamo-nos no parque de campismo de Lamas de Mouro. Não havia rede, nadinha de luz e a noite foi realmente fria. Mais coisas sobre este parque e o dia seguinte conto no próximo post.