Ainda assim, nesta viagem para Verona, onde nos encontraremos com o fim dos Alpes, surpreendo-me e o meu coração bate mais rápido a cada curva que o rio faz e observo um vale. Deliro com as rochas de cores diferentes, que sofreram metamorfismo como nunca vira antes.
Dou por mim a emocionar-me (literalmente) com os quilómetros de vinhas sem fim que há a partir de Bolzano. Com o lugar de onde vem o vinho italiano que beberei logo à noite, em português, num reencontro querido. A cor da água do rio que a linha do comboio acompanha, arrepia-me. Suspiro com as vilas que aparecem de vez em quando. As casas têm todas a mesma altura, mas destoa sempre uma torre bonita de igreja.
Viajar é um provilégio. Viajar de comboio e ouvir a italiana que viaja à nossa frente, um maior. Mas ser capaz de sentir as montanhas e a cor do rio como obras de arte é indescritível e mágico.
P.S. - Mal terminei o texto, os miúdos russos que iam ao lado quebraram-me o momento com um belo de um canto russo, que nem os bebedos nos filmes!
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