Vícios

Quando era pequenina, antes de ir para a escola, em Agosto tinha energia extra por falta de exercício. A minha mãe dizia que se parasse ao andar de mão dada comigo, por exemplo numa passadeira, eu começava aos saltos. Nessa altura não gostava de dormir à tarde e às 8h já ninguém me detinha na cama.

Uns 15 anos depois, lembro-me de ser capaz de dormir 5 horas por noite e embora me arrastasse durante o dia, conseguia fazer um sem número de coisas. Depois disso, acalmei o ritmo louco em que andava e passei a dormir pelo menos 8 horas por noite. Voltei ao ritmo tresloucado, mas sempre com a necessidade de dormir muitas horas. Sou um bicho de hábitos: quando a minha rotina se altera, altera-se tudo em mim de forma muito rápida. É isso que está a acontecer. 

TENHO BICHOS-CARPINTEIROS!

Voltei a fazer exercício há duas semanas com alguma intensidade e regularidade. Não tenho feito tantas corridas como pretendia. O frio que tem feito cá implica um duplo esforço mental, o qual ainda me custa muito. Tenho feito mais exercício em casa, tentando não perder o ritmo. A verdade é que tanto não perdi o ritmo como o meu corpo se está a habituar a ele. Tenho fome de duas em duas horas e na noite passada senti uma necessidade maluca de me mexer. Como se as articulações das pernas tivessem qualquer coisa a formigar. Porquê? Porque no dia anterior tinha gasto pouca energia e tinha dormido até tarde. 

Duas semanas depois, o meu corpo já está em alta adaptação e isto assusta-me. Ou continuo com o ritmo de exercício, ou engordo que nem um fumador que deixa o tabaco. Um dos objetivos da corrida é sentir uma menor necessidade de chocolate e, no fundo, a ideia é substituir um vício por outro mais saudável. Pergunto-me: será possível não termos vício nenhum?


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