Rentabilidade

Esta semana estou sozinha em casa (yeeiiii, partyyyy!) porque a outra pessoa que cá habita está fora em trabalho. E eu, que tenho como missão principal (depois de enviar candidaturas para tudo quanto é empresa) não enlouquecer ou entrar em depressão, decidi que sairia todos os dias de casa. Sim, porque como eu invento sempre o que fazer - até eu me surpreendo com a criatividade, é verdade - seria fácil ficar em casa alguns dos dias.

Mas há aquela cena da sanidade mental que só se mantém com alguma rotina. O ficar em casa leva facilmente a horas de pandice - termo que deriva das atividades favoritas dos pandas: dormir e comer - e inatividade, levando, por sua vez, à sensação de inutilidade. Como os meus amigos e restantes pessoas que falam comigo no skype horas a fio trabalham durante o dia, tive mesmo de ser drástica e tornar isto de sair de casa obrigatório.

É o que tenho feito. Ora de manhã, ora de tarde, ora todo o santo dia, eu e a minha querida bicicleta, assim como o impermeável, já que por aqui tem feito muita chuva, saímos. Tem sido quase sempre em direção à zona comercial, aproveitando para fazer compras - que a semana em Portugal tornou-nos relaxadíssimos da vida e demos por nós com a despensa vazia - e para tomar um cafezinho no Mc Donalds onde há internet, pessoas e barulho.

Com isto, constato o óbvio, seria muito complicado para mim se alguma vez tivesse de trabalhar em casa. Eu não sou metade rentável em casa. Ah, tenho este texto para rever, isto e aquilo para fazer no computador... mas também tenho a louça para tirar da máquina e ligo uma série para não me sentir sozinha, ficando meia-hora colada ao computador. Fora de casa até posso ter a série a tocar nos fones, mas sinto-me ridícula se a estiver a ver. Sem fones há sempre confusão e barulho mantendo a parte lúdica do meu cérebro ocupada, enquanto a outra trabalha de forma muito mais focada.

Resumindo, há malucos para tudo, não é?
Próximo post:
« Próximo post
Post anterior:
Post anterior »
0 Comentários fofinhos