Ensinava esta malta que encostar a cara não transmite doenças. Eu não sou de grandes beijos. Geralmente dou-os mais pelas outras pessoas do que por mim. Mas por cá têm medo deles. Ora encostam ombros, afastando as caras para longe, ora apertos de mão com muita distância e pouca firmeza. Levava esta pouca necessidade de beijos, que me faz pensar muito para que não achem que sou antipática, mas ensinavam que podem ser menos nojentinhos e mesmo assim não ter doenças.
Levava a abertura para uma boa formação não universitária e trazia o desenrasque. Cá o ensino tecnológico é uma realidade para todos, não só para os maus alunos. Mas, meus amigos, não se aguenta a necessidade de tempo para coisas tão simples. São ambas questões que vêm há já muitas gerações e que, desconfio, não mudará nas próximas.
Levava as montanhas e punha-as atrás de minha casa portuguesa. E trazia o mar pelo cheiro e pelo som. Adoro o som do mar em noites de temporal. É das melhores terapias que conheço. Mas levava o som das montanhas, os pássaros e o nada que lá se ouve. Não conheço nada tão puro como aquele som. Mas não é tão poderoso como terapia.
Levava os salários que proporcionam uma qualidade de vida que não conhecia. Trazia as indeminizações por despedimento que cá não existem. É uma questão de equiilíbrio. Se por um lado há maior qualidade de vida e bons salários, também é essencial que se poupe para o que há-de vir.
Eu não acho que aqui só aqui é que é. Acho que aqui é que é e acho que em Portugal é que é.
*possíves erros serão corrigidos quando tiver um computador.
1 Comentários fofinhos
Gostei muito! Eu estou a viver na Suécia e também fazia algumas trocas desse género. Perguntam-me muitas vezes qual dos países é melhor e eu sou incapaz de responder. São tão diferentes e complementam-se tanto! Beijinho
Responder