Tivemos visitas!

O blog está desatualizado no que toca a visitantes que voaram da Tugalândia para nos visitar. Os meus pais vieram há já algumas semanas e dei-lhes uma coça a que já se habituaram nas viagens fora de Portugal. A primeira que fizemos, todos juntos, o meu batismo de voo e do meu pai, foi há quase dez anos e foi uma viagem muito tranquila. Teve as suas aventuras, mas tínhamos tempo e estávamos acomodados num hotel, sempre com ótimas condições. A segunda viagem que fizemos juntos já incluiu beliches. Com duas filhas adeptas do low cost, não tinham muita hipótese. Lembro-me que era custoso tirá-los da cama tão cedo porque tínhamos um sem número de coisas para ver. Mas eles lá vinham. E lembro-me que em Praga os fiz ver a cidade inteira quase sem transportes, sempre a abrir. Desta vez, achei que a experiência deveria ser algo adaptada. Se queria que em dois dias dominassem duas cidades, também sabia que a meteorologia condicionaria a viagem e que muito provavelmente voltarão cá. A vantagem é que visitaríamos duas cidades que domino, uma minimamente, outra muito bem, e poderia deixar rolar.



Foi o que aconteceu e funcionou muito bem. Ok, ficaram estourados fisicamente, foram mais de 20km, poucas horas de sono na primeira noite e muitas horas em transportes públicos. Tudo pela saúde, no fundo. Mas arranjei um hotel porreiro em Munique, bem agradável e confortável, com pequeno almoço incluído. Comemos um kebab que nos soube pela vida, era mesmo bom e barato. Por algum motivo é a comidas mais comum por estes lados, ainda que nada típica. Descobrimos lugares que eu ainda não tinha encontrado e deixamo-nos levar com tempo pelo centro histórico, sem grandes obrigações de lugares e com direito a boa cerveja e espetáculo na Rathaus (câmara municipal). Sem dúvida que foi o edifício da Rathaus que os impressionou mais. Fiz questão que caminhássemos até lá na noite em que chegaram. Era quase uma da manhã e, infelizmente, as luzes que a iluminam já estavam desligadas. Mas puderam observá-la sem os magotes de gente que lá estão todos os dias, com um silêncio que permite que observemos com muito mais atenção, no topo dos nossos sentidos.

Innsbruck presenteou-nos com sol e com chuva. Como já estava preparada, viajamos de Munique cedo o suficiente para aproveitarmos o final do primeiro dia. Assim, conseguiram ver o quão bonito é este lugar com bom tempo. Um dia também verão com neve, é a outra face da sua beleza. Demos um belo passeio pelos jardins do palácio, daqueles jardins que nos fazem sentir confusos por não ouvir a cidade e felizes pela invasão de natureza. Há caminhos que sobem e descem, recantos sem luz, grutas e pontes de madeira. Há uma vontade enorme de guardar lugares como o jardim do castelo de Amras no bolso e levá-los connosco para a vida.

O dia seguinte, depois de uma reconfortante soneca, foi de muitas caminhadas por esta cidade plana. Uma das vantagens de andar a pé é o reconhecimento da cidade. Ganhamos noção do espaço, da localização e conhecemos sempre melhor uma cidade dessa formal. Até as memórias são mais fortes. A chuva, intercalada foi acompanhado o caminho. Visitamos a loja grande da Swarovsky, passeamos pelo centro da cidade e provaram o belo do Schnitzel (um panado). Comprovaram que, sim, este é o apartamento mais fofinho de Innsbruck e esta vista, que tenho à minha frente, pela janela grande da sala, é impagável e arrebatadora. Um dia também a levarei no bolso para a vida, prometo. 






 


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