A minha faculdade e o meu velho do Restelo

Hoje cheguei à faculdade de onde saí apenas há um ano e meio. Acreditem ou não, não a reconheci. Senti-me perdida. 
Mais de metade do edifício foi vendido. A entrada é pelas traseiras. Há construções novas e as obras estão a decorrer. Não há o bar. Não há os laboratórios. Não há auditórios. Já não existem os lugares que guardamos nas memórias que foram um dia as aulas, a essência e o que distinguia este espaço das outras faculdades. 
A zona das máquinas parece o ICBAS ou a FFUP novas. Não faço ideia onde está o bar ou a biblioteca. A coisa perdeu alguma identidade.

Não digo que esteja má, mas está muito diferente. O velho do Restelo não gosta de mudanças e de novas aventuras. O velho do Restelo que há em mim não gosta deste novo lugar. 
Talvez haja um velho do Restelo em todos nós. Em todas as memórias que queremos que se mantenham tão intactas quanto possíveis. Esse velho sente-se afrontado por lhe destruirem as memórias. E, lá no fundo, isto tudo é só saudade e nostalgia.
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