Prevenir em vez de ser agradável aos olhos?

Há uma coisa na nossa sociedade que está errada: damos mais valor/importância à estética e menos ao funcional. Geralmente só nos lembramos de ir ao médico (em adultos) quando dói. Quando nos prescrevem um medicamento, deixa de doer e não o tomamos até ao fim. Gastamos dinheiro em tratamentos estéticos quando precisamos dele para outras coisas. Compramos iPhones quando o nosso ordenado é o mínimo nacional. Gostávamos de entrar num curso superior/línguas/outra-coisa-qualquer e não o fazemos pelo dinheiro e pelo tempo, mas vamos ao café tantas vezes quantas vamos à casa de banho! E porquê? Porque nos olhamos ao espelho todos os dias. Observamos quem nos rodeia e estamos treinados para julgar o mau aspeto. Já a dorzinha que de vez em quando mói, ninguém a vê e enquanto acalma também não mói.

Contra mim falo. Todos somos fúteis onde não devemos de ser. Ou pelo menos numa pequena coisa onde não era suposto. O nossa valorização pessoal e as dores que um dia aparecerão em consequência daquilo com que não nos ralamos são futuro.

Hoje, no intervalo do curso de massagem, conversávamos mais ou menos sobre isto. Concluímos que há duas coisas que se tornam impressionantes, quando estudámos o corpo humano e aprendemos a importância da prevenção.
1. Quando nos dizem que uma massagem é cara enquanto mantêm as unhas de gel sempre impecáveis.
2. A não-compreensão que a recuperação de uma lesão não se faz de um dia para o outro e que ausência de dor é diferente, muito diferente, de lesão recuperada.

E o que é que de importante se pode tirar daqui? Que devemos sempre procurar um equilíbrio. Não é suposto andarmos nauseabundos e com ar de homens-das-cavernas, da mesma forma que é nosso dever compreender a importância da prevenção. 

A prevenção é a cura do século XXI e nós sabemos tão pouco sobre isso! Não sabemos comer. Não sabemos fazer exercício. Não sabemos deixar o stress para depois, nem muito menos procurar ouvir o nosso corpo e estar de bem com ele todos os dias.

Há quanto tempo não vão ao médico? Há quanto tempo não recebem uma massagem que vos deixa mais leves? Qual foi a última vez que o fisioterapeuta disse que lá tinham de voltar? Pois é, pois é.

P.S. - Este texto é um texto-alerta. Para fazer pensar um bocadinho. Não posso generalizar em ponto algum. Nem quero, em qualquer momento, dizer que futilidade não tem a sua importância. (in)Felizmente tem e muita nesta nossa sociedade!
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