Teatro como terapia

Eu defendo a massagem como uma das melhores terapias que conheço para toda a dor física - exagerando ligeiramente - ou dor de alma. É-o porque erramos quando achamos que podemos controlar todo um mundo, achando ter uma consciência sobre-humana de tudo em que nos envolvemos, enquanto nos mantemos inconscientes sobre o nosso corpo - o uso requer manutenção. A massagem consegue que o consciente se desvaneça, sem que percebamos. Uma massagem aliada a pequenas terapias tem a capacidade de pôr qualquer alma stressada a dormir, inconsciente da consciência que insistimos manter.

Além da minha desdenhada defesa a favor das terapias alternativas - leia-se: sem fármacos e com fundamentos fisiológicos - nos últimos dias tenho ouvido várias vezes que o teatro também é uma excelente terapia. Não tinha pensado nisto antes. Não me tinha lembrado de quanta concentração é necessária, quanto trabalho e pesquisa nas memórias de que somos feitos é precisa para a construção e representação de uma personagem, e do quanto isso tem o poder de abstrair. O teatro é uma arte, mas essencialmente uma terapia para os amadores.

E eu concordo. A magia e a cumplicidade que se sente entre um grupo de teatro, após todo o trabalho, todo o esforço, todas as indecisões e interpretações de uma personagem compõe a magia e a mística de que o teatro é feito. E faz-nos sentir bem. Faz-nos ter aquela sensação de missão cumprida, como se não houvesse nada mais lá fora, nada de errado com o mundo. 

Portanto, a partir de hoje, junto o teatro à inquestionável massagem como resolução de todos os males!
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