Agora que a tese passou, agora que já sou dita mestre, a uma distância onde as coisas menos boas têm menos relevância, tenho a dizer que se voltasse atrás fazia quase tudo diferente.
Em primeiro lugar não tinha escolhido esta licenciatura. Mas gostei muito das experiências que a minha faculdade da licenciatura me proporcionou. Houve coisas más, o ensino tem muito para melhorar, mas, ainda assim, foi melhor do que o mestrado.
Em segundo lugar não tinha escolhido este mestrado, pelo mesmo motivo que não teria escolhido a licenciatura: gostei muito do que estudei, acho extremamente interessante só que as saídas profissionais não têm rigorosamente nada a ver comigo. Pior, achava eu que aprenderia muito no mestrado. Bem, aprendi muito na tese, mas praticamente nada nas restantes disciplinas.
Engraçado, engraçado é que não teria escolhido outra tese. Dentro das possibilidades que tinha, não podendo escolher uma empresa, e tendo em conta o desgaste emocional que me causou, não teria escolhido outra. Porque para o desgaste emocional ser menor, a aprendizagem também o seria.
A outra coisa que não teria feito diferente foram todas as atividades em paralelo. Os cursos de massagem que me abririam portas que me realizam bastante, as festas onde o trabalho e a diversão se confundiam, o gosto que me dava escrever artigos para o jornalzinho da associação de estudantes, o voluntariado, as explicações, o erasmus. Gostei de sentir a sensação de correr por gosto sem me cansar e descobrir isso em resposta a uma má fase.
Não foram os melhores seis anos da minha vida, mas por um lado passaram demasiado rápido e, por outro, fizeram conhecer-me melhor a mim próprias. No fundo, no fundo, a moral da história, a moral de toda a faculdade é que efetivamente do mais duro se retira o melhor.
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