Finanças para Emigrantes

Além das consultas médicas, há uma coisa muito importante a tratar: garantir que não deixamos dívidas, assuntos financeiros mal resolvidos e que não teremos de pagar impostos cá, uma vez que não residimos. As contas são assuntos sempre assuntos com várias rasteiras e se a ideia é emigrar para juntar dinheiro, temos de ter o olho sempre em cima deste assunto.

Na União Europeia está tudo muito facilitado. Lugar santo em que nascemos e que, por muitas coisas que funcionem mal, nada nos complica a vida, as contas e as viagens. Estrangeiro significa fora da zona Euro, tanto em termos de residência, como de circulação e até em questões bancárias. As transferências internacionais - segundo o que consegui apurar até ao momento, mas hei-de confirmar - têm o mesmo custo que transferências interbancárias nacionais. O que é absolutamente incrível!

Relativamente às finanças, o primeiro passo é compreender se somos considerados não residentes fiscais. Um não residente fiscal é aquele que permanece em Portugal menos de 184 dias por ano ou aquele que não mantém a sua habitação permanente no país, tal como o seu cônjuge. Um não residente fiscal que emigre para um país da zona Euro e não tenha bens em nome próprio, apenas tem de alterar a sua morada fiscal para o respetivo país e fica o assunto concluído.

Serei, portanto, considerada uma residente não fiscal e não terei qualquer complicação ou obrigação. E é aqui que tenho mesmo a certeza que não haveria melhor altura para ir. Não tenho encargos, nenhuma conta para pagar, nada de nada. Não tenho bens móveis ou imóveis. E a única alteração fiscal que se dará, acontecerá com os meus pais, que terão menos um membro no agregado familiar.

Bem, agora a parte má. Fazendo uma pesquisa na internet, nem o Portal das Finanças nem o da Segurança Social esclarecem nada acerca de assuntos a ter em conta antes de emigrar. Não existe nenhum organismo público que pense nisso por nós ou garanta que está tudo nos conformes. Na realidade, não tem de haver, mas já que o senhor primeiro ministro nos mandou emigrar há uns tempos, também poderia ter gasto uns trocos nisso.

Há um ou outro artigo e website que vai dando dicas quanto a este tema e eu conto se encontrar rasteiras!
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