Comida e saúde por cá

Antes de lerem todo o restante post é importante que saibam que ODEIO legumes. Está assumido, agora já podem ler o resto.

Quando preparamos as nossas refeições e decidimos o que queremos comer, há, felizmente, uma série de questões a ter em conta. Felizmente porque há 50 ou 60 anos atrás isso não era bem uma questão, não havia muita comida e, por isso, comia-se o que havia, ponto final. Hoje temos acesso a um sem número de produtos, para o bem e para o mal, e é nossa escolha tomarmos decisões certas.

O que são decisões certas quanto à comida? Serão decisões que têm em conta a nossa saúde? Sim, mas não só, na minha opinião. Por ser uma necessidade e um hábito, há prazer em comer. A questão é que o nosso cérebro está programado para a sobrevivência. Como durante séculos existiu fome, o organismo tira maior prazer de alimentos que lhe dão energia mais rápido como o sal e o açúcar. Como há uma oferta desmedida, como temos açúcar e sal em todos os ângulos, por preferência escolhemos esse tipo de alimentos. E é aqui que a decisão certa que equilibre questões de saúde com gostos e apetites se torna difícil de tomar.

Tenho um grande historial de diabéticos tipo 2 na família e tenho tentado moderar o meu gosto e desejo desmedido por açúcar e repensado os hidratos que como para que daqui a uns anos não sofra do mesmo. Mas é tão difícil! Quando tenho fome, quando preciso de comida para compensar algum desiquilíbrio emocional, é em chocolate e torradas que penso de imediato.

Além de que da mesma forma que não gosto de legumes, não gosto de sopas e seguir o equilíbrio que a roda dos alimentos pede é impossível com estas restrições. Ou seja, estou tramada e caminho a passos largos para uma vida de diabética, aí com exercício forçado e sem açúcares.

A verdade é que o meu lado racional tem pensado mais nisso agora que tenho tempo, tenho cedido quanto às sopas mas sempre acompanhado por algo que goste: fruta, rissóis, chocolate... Ou seja, é uma cedência minada porque na realidade não estou a substituir, estou a permitir-me comer mais açúcar em troca de nutrientes que necessito. Os cereais CHEIOS de açúcar e sal, como era o caso do Chocapic, na minha alimentação, já só existem em caso de recurso, quando o pão acaba cá em casa. Quanto aos hidratos, o pão branco que dá as melhores torradas de pequeno-almoço, terá de ser substituído por pão mais escuro (não, não dá para substituir por aveia, eu odeio aquilo); o arroz começou a ser alternado com quinoa. E ando em descoberta pelos alimentos que o aumento de vegetarianos e vegan têm permito que surjam nos supermercados.

Ou seja, isto de alterar um bocadinho a alimentação é uma questão de decisão, mas envolve esforço. É um work in progress e terá de ser uma mudança gradual. Uma adaptação lenta, para que se infiltre, faça parte. A redução do sal e do açúcar é uma questão de educação do sabor. É importante que estes conhecimentos e as novas abordagens cresçam com as crianças para ser mais fácil para as futuras gerações, mas a verdade é que vamos SEMPRE A TEMPO. 


Texto escrito inspirado e baseado neste vídeo. O Doutor Pedro Graça tem desenvolvido um papel muito interessante na nutrição e tem uma abordagem muito fácil e interessante.
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