Os últimos dias

Saí de casa, em Innsbruck, às 13h na quinta feira. Às 23h estava em Portugal e a chegada a casa incluiu alguma estranheza. A imagem da minha casa não era comum e o meu inconsciente ficou confuso. Em casa estava tudo igual. As pessoas também e aí não existiu estranheza. Vejo-os quase todos os dias e o Skype faz mesmo magia. Já não estava habituada a ter tantas coisas em casa. As prateleiras completamente cheias de livros e de tudo tudo. Os meus armários cheios de roupa (sim, percebi que deixei quase toda a minha roupa).

No dia e meio que estive em Portugal, consegui fazer quase tudo o que planeei. Estive com a cadela e com o sobrinho que está um simpático. Fui ao dentista, à esteticista. Fiz compras e tomei uns cafés. Muito menos cafés do que os que pretendia, mas com pessoas com quem estive pouco tempo antes de vir em janeiro. Fiz compras e trouxe muitas ideias para pôr em prática. Faltou-me a bolacha americana. Dormi que nem pedra sozinha, por duas noites, na minha cama de há muito tempo. No sábado dormi em Munique e no domingo em Innsbruck. 

Pode parecer estranho ir de forma tão fugaz a Portugal. Mas, digo-vos, só a ida ao dentista compensaria a deslocação. Juntando tudo o resto, tendo em conta o preço das viagens, a quantidade e qualidade de transportes, valeu a pena em todos os aspetos. É certo e sabido que hoje de manhã custou-me horrores sair da cama. Estarei a arrumar tralha, a recuperar adrenalina e ordem durante o resto da semana. Mas foi bom. Tanto ir como voltar. Acho mesmo que já faço parte deste lugar. Ou então, talvez, não faça parte de lugar nenhum.
Próximo post:
« Próximo post
Post anterior:
Post anterior »
0 Comentários fofinhos