Uma semana em Portugal

Com quase um mês de atraso, mas não importa nada, há que arrumar a casa (os posts em rascunho). Aqui vai o seguimento deste post, sobre os dias em Portugal. 


Comecei pelo Porto, matei saudades e fiquei a gostar mais dele. Depois veio o dentista que me torturou com duas horas de boca aberta - é extramente doloroso para mim -, enquanto eu repetia que estava tudo bem, não fazia mal. Não fazia o tanas, foi preciso muito mindfulness, mas faz parte do tratamento. O cirurgião avisou-me: Sara, olha que se começares tens de levar até ao fim e é sempre a piorar. Mal sabia eu. Mas cá vamos. E cada vez com menos fim à vista. Ao contrário da semana em Portugal, que fez tudo correr a uma velocidade louca. Até as explicações, que as dei. Foram logo a matar com preparações de avaliações. Mas foram boas, gosto mesmo de as dar. Tanto como gosto dos cafés  e almoços e cenas com os amigos, voltando aos lugares que não são casa, mas onde a sinto e ainda não mudaram nada. Tanto quanto é bom conversar com os amigos ainda que por períodos de tempo muito curtos, horas que voam. Houve tempo para ir ao cinema com o afilhado. Gostava de estar mais presente na vida dele e não consigo a esta distância compensar essa parte. É ainda mais difícil do que com o sobrinho que fala no skype desde que nasceu e por onde já o conseguimos entreter, enquanto ele retorque mil sorrisos (e berros). Foi bom ir a Portugal e ser acordada por um bebé bochechudo e simpático que alegra a casa e não faz ninguém sentir a minha falta. Não consegui tratar do cabelo que precisa de ser hidratado e de um belo corte. Mas consegui comer sushi e estar no casamento de um amigo de longa longa data, que arranjou a mulher mais simpática e me faz querer estar sempre por perto na vida deles. Foi um casamento muito feliz, muito divertido, muito, muito. Pessoalmente, teve uns pontos menos positivos, mas esses são só a afirmação de como o equilíbrio se faz de aceitar o mau e viver o bom. E o bom foi estar numa mesa cheia de pessoas que passaram pela minha infância e adolescência, recordando memórias que guardo no coração de forma muito muito querida. Onde uma colega da primária me disse que fui sempre assim, mesmo na primária, desvairada e aventureira. Ouvir isto faz-me sentir que estou no caminho certo para ser sempre feliz. Isso e ser capaz de guardar apenas o bom é o que faz ver nestas visitas momentos felizes, mas querer voltar para a minha realidade que é aqui. 

É bom ir, mas agora também é bom voltar. A normalidade dos dias decorre cá e não faz sentido forçar o contrário. As idas e voltas são viagens, mais especiais e de coração mais cheio quando são a Portugal, mas com tudo de bom e de mão que têm as viagens.
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