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Foto: Shutterstock |
A parte que mais me incomoda nisso, de mais vídeo, menos imagens e muito menos texto, é que se perde a profundidade. Um vídeo não pode ir muito a fundo num tema, para que não perca interesse, para que não se salte para um dos muitos vídeos ali ao lado. Um texto, quando lido, quando começado, quando com alguma curiosidade, faz com que o leitor queira chegar ao fim, rápido, queira perceber o final, a ideia, onde é que aquilo vai chegar, sem cores ao lado a atraí-lo. E sem texto, sem leitura, qualquer que seja a sua origem, seremos pessoas mais pobres. Muito mais pobres e nunca teremos o prazer de conhecer o mundo que há por trás de um monte de letras.
E porquê que isto interessa? Essencialmente porque sempre que percorro o feed do facebook sinto-me enfadada. Dantes divertia-me, descobria coisas novas. Agora só encontro notícias sensacionalistas, artigos do site brasileiro mais manhoso ou desastres. Já pensei em eliminar a minha conta. Mas é por lá que comunico com a maioria dos meus amigos. Já pensei em deixar de publicar coisas, mas eu até gosto de partilhar. No entanto, eliminei umas quantas páginas que seguia, acrescentei umas tantas outras mais interessantes e vou tentar ver o meu feed, no máximo, uma vez por dia. Quanto a eliminar o perfil, talvez um dia, se achar que já não serve como meio de comunicação.
Quanto ao blog, manter-se-á por longos e bons tempos, espero eu. Gosto da disciplina de publicar diariamente. Gosto e faz-me bem. Ainda que variando a qualidade dos textos, vou treinando o português. E se há coisa que não me posso nunca esquecer é de como se escreve português. Fica a dica.
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